A VOZ DA MUSA
Vontade de escrever poemas até os dedos ficarem em carne viva
Acontecimento que será realizado daqui a pouco,
pelo menos minha alma grita atiçando isso!
Feroz está à manipular o meu ínfimo cérebro
Uma musa que canta em meus ouvidos e nunca cala,
Me entregarei a melodia de sua sinfonia, em delírio,
Consumido alegremente por um sentimento cortante, sem calma!
Me diz o que devo fazer e eu loucamente o faço,
Sempre acompanhando os glorioso lírios que voam ao vento,
Os perfumes ondulantes, amores de seus beijos que me aguardam!
E disso eu ando muito à perseguir, agarrado nos seus calcanhares,
Verdade será o fato futuro, quando estaremos deitados à luz da lua
Em mil lugares ancestrais, formas perfeitas do corpo que desejo,
Firmamento ocular de brumas odorantes que flutuam!
E tu me dirá, bela musa eternal de meus mistérios:
"Não sou alegoria nem sonho, anseio ou temor,
Quando a tarde traz a névoa, aquilo qual o homem abomina
Eu estarei ao teu lado, completando o vazio com grande amor!
E o que era antes em trevas será apenas virtude e paz,
Sublimando teus sentimentos antes alheios,
Porque não estou aqui para afrontar
Os instintos de teu coração machucado, o que tanto almejo,
O que guardo firmemente em meu leito à contemplar!"