A VERDADE DE UMA SAUDADE...
E agora o que é que faço com
tanta saudade que insiste em não
deixar-me que teimosamente
faz-me lembrar do que não desejo?
O que faço se ela chega de mansinho
e com carinho acaba me conduzindo
pelos caminhos que eu próprio
guarneci com tanto amor?
Sim! O que faço se vivendo nela
como vivo fujo da realidade para
continuar respirando intensamente
o que não existiu?
O que fazer se o tempo que faz parte
de minha vida são repletos das
maldades que fizeram e se não fui
ensinado a me defender das garras
afiadas como as garras da saudade?
Não me faz bem, mas a saudade
empurra-me para os momentos em
que só eu participei de um corpo
entreaberto que oferecia fictícias
rosas vermelhas orvalhadas com mentiras...
Ah saudade quanta verdade e se
não confessá-las eu minto e minto muito
mais se não disser que a minha
vida agora se chama passado...