Mordaças de amor

Cálida corda que amordaça o meu falar,

O falar dessa face que não tem cor,

A face que insiste em te querer...

Minhas palavras rangem em meu peito...

A dor do não revelar-se...

A dor da amizade...

Dia a dia sonho com seu olhar, algo que me desse à chave...

Que me indica-se o caminho,

E mais uma vez me encontro sem carinho e cálido...

Minhas lágrimas se revoltam nesse vinho noturno,

No vinho que comprei para ti...

E sem querer o bebi...

Oscilando entre o ouvir-te e o sentir de sua vida...

Recuso-me a olhá-la sem me seduzir,

Sem sentir a mulher que insiste em ser...

E mais uma vez, o vento frio me leva para casa,

Um forte frio que recolhe a lua...

E eu me pego a te desejar,

Voltando de sua casa...

E grito a dor...

Mas você só escuta meus passos se distanciando...

Rascunho de Poeta
Enviado por Rascunho de Poeta em 25/05/2007
Código do texto: T500151
Copyright © 2007. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.