A Conversa.

Achei que não tinha coragem,

coragem de conversar frente a frente.

Por querer demais, permanecia inerte.

Uma vez que não tinha tudo,

mas tinha um pouquinho,

que é melhor de nada ter.

Mas tive coragem,

coragem de marcar a conversa.

E o dia não passava e depressa passava.

O coração dispara.

Em atitude de autodefesa, tentei esquecer.

Cheguei a esquecer, para lembrar mais fervorosamente.

Enfim chegou a hora.

A busquei onde marquei.

A levei para falei.

O lugar traz uma lembrança especial.

Disso falo depois.

A conversa começou.

Tentava mostrar como me sentia.

Todas as vezes que partia para mutua acusação,

mudava o tom.

Acredito que consegui.

A situação que não era boa, não poderia ficar pior.

Ai falei.

Que tentava entendê-la.

Que fazia de tudo para ser entendido.

Que temos um fruto e o amamos.

Mas que, não tinha jeito se não tivesse a confiança.

Ufa falei.

Agora não sei se tenho pouco ou nada.

Só sei que falei e refalei.

O silencio chegou e ficou.

Acho que fiquei onde estava

ou seja, que nada tenho,

Pois sem confiança não há esperança.

Mas, sei que uma coisa vou roubar,

como roubo há tempos.

Ficar ao seu lado por um tempinho só,

quando visitar seu ninho, ou te dar uma carona.

Mesmo não grudados, sentirei o seu cheiro, o seu calor,

apreciarei sua incomparável beleza.

Obrigado você por fazer parte da minha vida.

Contigo aprendi que o importante é amar,

o resto vem por merecimento.

Wilson – 16/10/2014