DESVENTURA
Não cante o meu lamento
Tão pouco me sorva o pranto
Deixe-me em desventura
Sorvida em lamentos
Se o pranto escorrer n'alma
Serei como a lira
Timidamente na madrugada
Acalentando corações
E a canção será um enlace
Entre a ilusão e o engano
Quando em risos juramos
Cantar eternamente
Triste desencanto...
Que tristemente se esquiva
Perdido no desalento
E em vão canta sussurrando
Susspiravas meus gemidos
Em triste desventura...
Pois o meu canto nunca teve
Como um gemido atrevido.