AMOR  INEXISTENtE


Não se pode pensar que esse amor seja
Inexistente, apenas é escondido para não dizer
Que não se fala pertinho, até nas flores no belo,
Pois o que é bonito, nunca incomoda, aprecia.

Significando que o velho caminho percorrido
Pela gratidão aos anteriormente exibidos.
Amor inexistente é medida certa nas horas
Preenchidas pelo carinho devotado, ternura.

Parece mentira o irreal, mas é verdadeiro.
Algo incompreendido arrepia tudo, voz baixa.
Seria o fim se diariamente houvesse junção.
Não! Coisas do começo sem rotina invadir.

Novos dias, novos tempos, cativam seres.
Se antes havia outrem que fazia, não faz mais.
Chega-se a vez de fazer quase tudo sem danificar.
Quando a pele é química não se teme, segurança.
É um bem ao anônimo seguidor inexistente, mas
Sem inventário no que se tem por livre arbítrio.

Acontece aos amantes dos que amam demais.
Não dos antigos tempos, mas do agora imenso.
E a melodia assim diz: “... De repente ser livre até
Me assusta ficar sem você certamente me custa”...

Assim se diz amor inexistente uma barbárie.
Com tamanha incoerência assimilar, triturar
Aos pouco coração com sentimento implode.
É domínio gritante a dor sem sentir dor nenhuma.

Nessa intolerância absurda através do afago
Entra de cabeça atacando de qualquer jeito.
É o comando do ser carente ao sentir ausência.
Dos sonhos, das emoções marcando para sempre.



 













 
Gildete Vieira Sá
Enviado por Gildete Vieira Sá em 15/10/2014
Reeditado em 15/10/2014
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