SENTADA NO CAIS
Clara da Costa
Desenganos
quimeras
gritos mudos
olhos perdidos
sentada no cais...
Como folha ao vento
perco-me nas brumas
em busca do teu olhar
que se distancia feito velas ao mar.
Breves instantes
o sonho dormiu
no vácuo e vazio do verso.
...e o tempo continua a pulsar
frio e indiferente
guardado em silêncios.