SENTADA NO CAIS

Clara da Costa

Desenganos

quimeras

gritos mudos

olhos perdidos

sentada no cais...

Como folha ao vento

perco-me nas brumas

em busca do teu olhar

que se distancia feito velas ao mar.

Breves instantes

o sonho dormiu

no vácuo e vazio do verso.

...e o tempo continua a pulsar

frio e indiferente

guardado em silêncios.

Clara da Costa
Enviado por Clara da Costa em 12/10/2014
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