Carta à Marina

Pensei em você! A saudade muito forte bateu,
Lembrei-me dos tempos de escola, em que você, e eu,
Sentávamos, ao lado, um do outro, no banco escolar.
Eu era tímido, muito inibido, e muito você me ensinou...
Seus pés, descalços, juntaram-se aos meus, meu corpo vibrou...
Daquele momento em diante, Marina, eu só pensava em lhe amar.

Um dia, de mãos dadas, eu me lembro, andávamos ao léu,
Você, com um aperto sutil, me fez olhar para o céu...
E jurou, pela estrela cadente, que o negro espaço riscou,
Que um amor igual ao nosso, nunca iria se acabar,
Naquela promessa feita, porquê não acreditar?
Mas numa tarde terrível, tudo acabado - você me falou!

Daí em diante, Marina, você não sabe, o que aconteceu,
Jurei perante à Virgem, que meu coração era seu...
Mas como você não me queria, o que poderia fazer?
Inscrevi-me, bem distante, numa ordem religiosa,
Fui ser padre, dediquei o meu amor de forma caridosa,
Em outras faces, fui procurar a sua face, para me satisfazer...


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