MARCAS

Igual a um bicho de estimação

Que morre de repente,

Num momento você estava aqui,

No outro já não estava, estava ausente.

Num momento era esperança de vida,

E eternidade,

No outro era só saudade!

Você tentou fugir, meu amor!

Você não percebe? Jamais escapamos

Ao nosso passado, por que

Ele está espelhado no presente,

E se repetirá no futuro.

Não adianta nada, fugir de você...

Mesmo com minha aura ausente

De você, eu vivo no teu peito...

E em teu pensamento,

Tatuada de um jeito

Que ninguém apagará.

Porque você marcou a mim

E eu marquei você,

Com tinta indelével e tóxica.

A mão que escreve agora,

Decerto partirá,

Mas a marca que temos na alma,

De vidas passadas, essa,

Jamais passará, e

Nunca acabará!

Dalú de Azevedo
Enviado por Dalú de Azevedo em 10/10/2014
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