EU SONHEI
De repente,
encontrei-me em meu próprio sonho...
Nele, atentei para a inexistência
do infortúnio e,
de lágrimas de saudades.
Senti não haver distância
entre os amantes,
não ocorriam desesperanças,
nada provocava cicatrizes.
Ninguém chorava,
ninguém se iludia,
não se repudiavam
somente se amavam.
Hinos de louvor ao amor
pairavam no ar,
hinos entoados por
um coral angelical
acompanhado por orquestra celestial.
A felicidade existia e era comum,
e perfeitamente visível
na expressão de cada um.
Mãos entrelaçadas e por
toda à parte o olor do entendimento
ornamentando os devaneios do amor.
Não se notou subterfúgios,
o realizar só se concretizava quando
os dois aprovavam,
verdadeiro reino de paz.
Não havia telhados quebrados
nas noites frias...,
nem remessa de pedras
em quem se queria bem...
Daquilo que se pode apreciar,
na vivência de toda a rareza percorrida,
foi no esplendor desse predomínio
que consegui ver no espelho
do meu destino,
que sempre estive sozinho...