POEMA DE AMOR III

É sim, do etéreo manto rendilhado

de nuvens que volitam em nostalgia,

que surgiu este amor tão procurado

e foi ficando, do nada, qual magia!

É sim, de lá, do azul sem dimensão,

que escutas esta voz a sussurrar!

-Atente ! É o pulsar de um coração

que aqui bate apenas por te amar!

Ah! Este amar insensato e distante,

que louva a terra, louva o ar, louva o mar...

Que traz saudade ao peito a cada instante,

quando a Musa louva assim o mesmo amar:

“ Não importa o quão te amo por inteiro,

se tão distante está esse romance a cada dia,

n\'um surdo amor em silêncio altaneiro...

Nasce a dor quando tão puro amor falece,

e na tristeza que esmaece o brilho da estrela,

é na luz do meu olhar que te amo nessa prece!”

Importa sim, o inteiro deste amor,

inda que seja uma saudade em dor,

porque ele é ,como dizes, uma prece!

Que cem anos passem em desventuras...

Um dia ele virá em mil venturas,

No amar que a Eternidade não esquece!

12.09.2005

Uma tréplica ao belo POEMA DE AMOR de Sandra Ravanini...

Nelson de Medeiros
Enviado por Nelson de Medeiros em 12/09/2005
Reeditado em 24/08/2006
Código do texto: T49910
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