POEMA DE AMOR III
É sim, do etéreo manto rendilhado
de nuvens que volitam em nostalgia,
que surgiu este amor tão procurado
e foi ficando, do nada, qual magia!
É sim, de lá, do azul sem dimensão,
que escutas esta voz a sussurrar!
-Atente ! É o pulsar de um coração
que aqui bate apenas por te amar!
Ah! Este amar insensato e distante,
que louva a terra, louva o ar, louva o mar...
Que traz saudade ao peito a cada instante,
quando a Musa louva assim o mesmo amar:
“ Não importa o quão te amo por inteiro,
se tão distante está esse romance a cada dia,
n\'um surdo amor em silêncio altaneiro...
Nasce a dor quando tão puro amor falece,
e na tristeza que esmaece o brilho da estrela,
é na luz do meu olhar que te amo nessa prece!”
Importa sim, o inteiro deste amor,
inda que seja uma saudade em dor,
porque ele é ,como dizes, uma prece!
Que cem anos passem em desventuras...
Um dia ele virá em mil venturas,
No amar que a Eternidade não esquece!
12.09.2005
Uma tréplica ao belo POEMA DE AMOR de Sandra Ravanini...