Senhôra

Madrugada

Da estrela maior

De magnitude lunar,

Entre riscos e rabiscos

A nudez desnuda

Do retiro de alma.

Oh, Senhôra dos Cafezais

Altos como agora o luar,

Há ti, escrevo

Como à Thaleia

Do monte olimpo

Senhora das flores,

Dos úmidos sabores,

Ah, quero teu beijo

De boca nos rubros lábios,

Lindos, feito à dor...

Em verdades te digo,

Navegar.

Da lira ao lírio,

Pelo livro do âmago

Aberto ao som do ais,

Assim, pousou a poesia

Pela pele nua,

Desnuda sob a nudez

Do sentimento.

07/10/2010

Porto Alegre - RS