À ti, lobo!
Vejo-te lobo
Dos ventos uivantes, da lua serena
Astuto pensamento
Indomável encanto, que desencanta por livre expressão.
Por vezes és sopro, és brisa da noite
Algo imprevisível
Um tanto quanto sensível
A beira do abismo de ilusões profanas!
És também furacão
Que embala os sentidos
Desnudando a aura,
Que transparece o oculto no brilho esverdeado desse olhar.
Tens a perspicácia das noites insanas
Tão breves, mas de repletos retornos
Cujos contornos embalam inconsistências por ser. ..
E és profundo, incompreensível sabor!
Ser...
E sê lobo!
Em meio a olhares e meias verdades,
Esconde-se o mistério!
Sinto-te no desejo
Na intocável sensação distante
Ora tocante, ora tocável!
E teu coração sendo pura simplicidade
(Mesmo ao sentir de forma complexa quando se deixa levar pelo momento da alma)
Busca àqueles cujo motivo maior se assemelha.