DEIXEI DE...
Revelo que sou réu confesso na
execução de meus cuidados nesse
mundo maravilhoso do sentimento,
deixei de tornar mais real o amor por você
que sempre trouxe arraigado em meu coração.
Deveria com frequência e dedicação te abraçado
além do que abracei, ter beijado inumeráveis vezes,
ter proclamado que sempre te amei muito
mais do que dez mil vezes como demonstrei.
Deveria passar as noites em claro muito
mais do que passei ao seu lado para evidenciar
a legitimidade do afeto que me envolvia, tão
concreto que acabei não expondo o meu
mais profundo eu daquilo que conheceu.
Deveria ter um vago e louco olhar mais do
que tive, ativar minha infiel memória para
que meus olhos não toldassem a razão,
perdi o reto grau de intensidade do amor
e me tornei um patenteado devedor...
Deveras, confesso que não dei estruturara
cabal e absoluta para o plantio de flores,
apenas tornei muito mais sólido presentear-te
com centenas de corbelhas ornadas com
lírios brancos, por isso deveria ter pompeado
o amor muito mais do que ostentei...