O Amor
O amor que transborda de mim em cascata,
De alegrias aspiradas de ti em minha paixão,
Só a sua essência pura e divina me desacata,
O coração sofrido incrédulo em vã exaustão.
O amor guia prometido de um sonho inteiro,
Quando chegou plácido em névoa se tornou,
Largado como caducas folhas de Outono ligeiro,
Veio sereno pousar e na minha alma se deitou.
O amor que mata a sede às almas perdidas,
Que aligeira a longa árdua caminhada exausta,
Que enche de luz as perenes noites combatidas,
Através apenas da tua lembrança tão fausta.
O amor que nasceu dos confins do infinito,
Diluído vigoroso em quimera utópica sensorial,
Varre-me de desejos ansioso de ser teu eleito,
Nunca te esquecerei minha bailarina celestial.