O Amor

O amor que transborda de mim em cascata,

De alegrias aspiradas de ti em minha paixão,

Só a sua essência pura e divina me desacata,

O coração sofrido incrédulo em vã exaustão.

O amor guia prometido de um sonho inteiro,

Quando chegou plácido em névoa se tornou,

Largado como caducas folhas de Outono ligeiro,

Veio sereno pousar e na minha alma se deitou.

O amor que mata a sede às almas perdidas,

Que aligeira a longa árdua caminhada exausta,

Que enche de luz as perenes noites combatidas,

Através apenas da tua lembrança tão fausta.

O amor que nasceu dos confins do infinito,

Diluído vigoroso em quimera utópica sensorial,

Varre-me de desejos ansioso de ser teu eleito,

Nunca te esquecerei minha bailarina celestial.

Paulo Gil
Enviado por Paulo Gil em 30/09/2014
Código do texto: T4982229
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