Minha joia mal lapidada
Olho pra minha amada
Que para ela eu não sou nada
Para mim ela é meu tudo
E eu pra ela sou o vazio impuro
Um buraco em meu coração
Tende a crescer a cada palavra sua de desdem.
A minha bela flor
Me envenena todos os dias
Com suas palavras brutas e sem piedade
A cada dia vou morrendo
E agonizando por ama-la demais.
Em meu quarto nos doces braços da solidão
Fecho os olhos e contemplo sua imagem
Para mim ela é a pessoa mais meiga do mundo
Eu para ela não passo de um jovem moribundo.
Se pelo menos ela parasse de me açoitar com as suas palavras cruéis
Eu vivo por ela
E ela vive por outro
E assim se passamos dias e as noites
a cada dia o sofrimento aumenta
Minha angustia de te-la aumenta.
Sofro por alguém que me trata com desdem
Vivo a ultima ida a meu quarto
com uma fria lamina abro meus pulsos
Observo o corte perfeito como a face da minha amada.
O sangue corre como se fosse o rio de lagrimas que já derramei
Pois o amor dói mais que uma ferida no corpo
A ultima imagem que vejo minha bela flor
Que no meio do meu ultimo delírio
De braços abertos feliz a sorrir.