Escrevedor de Ilusões

É, mais uma vez

A noite caiu, hoje, assim,

Sem estrelas, sem luar, mas,

De silêncio, de solidão,

De velas de encontrar

Um corpo vestido de nostalgia,

Ébrios de um conto de fadas

Vivo e renascido

Como letras em poesia!

Em outras palavras

As badaladas anunciam,

É hora de divagar em vagares

Uníssonos, quem sabe,

Mais um gole,

Mais um beijo,

Mais um reverso

Fazendo-se verso,

De um certo

Escrevedor de ilusões!

Em qual abecedário

O xale envolvera os seios

Desnudos, em devaneios?

Então, adentra a madrugada,

De sons noturnos,

De ícones etéreas,

De um amor por nascer!

29/09/2014

Porto Alegre - RS