E SE DEPOIS...
Não desejo, mas uma força maior
obriga-me e as minhas vontades
fazem com que me envolva em um
ardente beijo, mesmo no delírio
dos meus pensamentos imaginários.
Da mesma forma acontece com a
vontade de possuí-la, de apertá-la
contra o meu peito e quando vejo
estou contorcendo em um corpo inexistente...
Sei que é bobagem essa forma de agir,
é o mesmo que conviver em meio de
um furacão sofre-se enquanto perdura
e mais ainda depois que cessa sua ação.
Talvez até digam que convivo cercado dos
efeitos do masoquismo, que gosto de me ver sofrendo
por coisas banais, acontece que como todos
trago em mim mil gavetas de recordações.
O tempo vai se encarregar de amarelar
as páginas do livro onde tudo foi escrito
pelo destino, e se por alguma razão esse
livro for desfolhado é possível que o que ali
for encontrado seja motivo de muita graça...