E SE DEPOIS...

Não desejo, mas uma força maior

obriga-me e as minhas vontades

fazem com que me envolva em um

ardente beijo, mesmo no delírio

dos meus pensamentos imaginários.

Da mesma forma acontece com a

vontade de possuí-la, de apertá-la

contra o meu peito e quando vejo

estou contorcendo em um corpo inexistente...

Sei que é bobagem essa forma de agir,

é o mesmo que conviver em meio de

um furacão sofre-se enquanto perdura

e mais ainda depois que cessa sua ação.

Talvez até digam que convivo cercado dos

efeitos do masoquismo, que gosto de me ver sofrendo

por coisas banais, acontece que como todos

trago em mim mil gavetas de recordações.

O tempo vai se encarregar de amarelar

as páginas do livro onde tudo foi escrito

pelo destino, e se por alguma razão esse

livro for desfolhado é possível que o que ali

for encontrado seja motivo de muita graça...

Wil
Enviado por Wil em 28/09/2014
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