Sexto sentido
Eu tive um sonho (ó mente insana):
um ser que encantava toda a atmosfera...
Criatura tão linda!...Seria humana?...
Delírio!...Loucura!...Humana não era!...
Tocou-me, tocou-me; suas mãos estendeu!...
Causou-me um arrepio, tão doce contato!...
Não crendo possível, merecedor; eu
pensava não ser realidade de fato!...
Falou-me...De repente espalhou-se no ar
tão doce sinfonia; então logo após!...
Causou-me um arrepio ouvir seu falar...
Tão doce, daquela criatura, era a voz!...
Não sei o que pensei...Tão rara criatura
que com doce fascínio a tudo então doma!...
De mim, tão pertinho...Delírio; loucura
sentir tão suave; tão doce aroma!...
Então, para a realidade eu fui acordando
e descobrindo que eu era (sim) merecedor!...
Seus lábios colados aos meus; quando
da sua boca a doçura senti o sabor!...
Depois desse beijo, os corpos em fogo
pediam, exigiam um "algo a mais"...
Depois das primícias (um delicioso jogo)
sussurros no ouvido pediam mais...e mais!...
Doçura sentir respirar tão ofegante;
ao mesmo tempo em que me dizia -vem...
E me envolvia num aperto quase sufocante...
Doçura intensa...frenético vai-vem!...
Existe entre nós este fogo; este ardor
que faz com que um, seja pelo outro atraído:
é muito, mas muito; muito mais que amor;
o que une nós dois, é o sexto sentido!...
(GERALDO COELHO ZACARIAS)