Sexto sentido

Eu tive um sonho (ó mente insana):

um ser que encantava toda a atmosfera...

Criatura tão linda!...Seria humana?...

Delírio!...Loucura!...Humana não era!...

Tocou-me, tocou-me; suas mãos estendeu!...

Causou-me um arrepio, tão doce contato!...

Não crendo possível, merecedor; eu

pensava não ser realidade de fato!...

Falou-me...De repente espalhou-se no ar

tão doce sinfonia; então logo após!...

Causou-me um arrepio ouvir seu falar...

Tão doce, daquela criatura, era a voz!...

Não sei o que pensei...Tão rara criatura

que com doce fascínio a tudo então doma!...

De mim, tão pertinho...Delírio; loucura

sentir tão suave; tão doce aroma!...

Então, para a realidade eu fui acordando

e descobrindo que eu era (sim) merecedor!...

Seus lábios colados aos meus; quando

da sua boca a doçura senti o sabor!...

Depois desse beijo, os corpos em fogo

pediam, exigiam um "algo a mais"...

Depois das primícias (um delicioso jogo)

sussurros no ouvido pediam mais...e mais!...

Doçura sentir respirar tão ofegante;

ao mesmo tempo em que me dizia -vem...

E me envolvia num aperto quase sufocante...

Doçura intensa...frenético vai-vem!...

Existe entre nós este fogo; este ardor

que faz com que um, seja pelo outro atraído:

é muito, mas muito; muito mais que amor;

o que une nós dois, é o sexto sentido!...

(GERALDO COELHO ZACARIAS)

Coelho Zacarias
Enviado por Coelho Zacarias em 28/09/2014
Reeditado em 28/09/2014
Código do texto: T4979188
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