Chuvas

Nuvens ou flocos de sonhos?

Não importa, se um ou outro

Por mais espessos que sejam

Um dia virão ao encontro

Como chuva ciclonal cair forte

Pra regar a semente em meu colo

Desse amor que carrego sem sorte

Esperar é somente o que posso

Minhas terras já tão secas, perdidas

O arado pra lá de falido, esquecido

Coração chora ausência das águas, não vindas

Que o deixaram demais ressequido, maldito

Meu temor é que a pobre semente

Pelo tempo se sinta falida

E ao chegar desta chuva bendita

Sua essência já esteja perdida