Poema 0445 - Alvorada da solidão

Acorda, céu, nesta alvorada de solidão,

faça calor no peito nu,

até que o suor escorra sobre teu seio,

neste deserto sem areia nem sol.

Queima a face da descrença,

enquanto o amor morre na calçada,

esconde tua paixão no escuro,

maldito vento que não sopra o desejo.

Rasguei tuas vestes sombrias,

alimentei teu sorriso com beijo,

falei do amor que tinhas medo,

troquei tua súplica pela luz.

Molha teu corpo com mel,

toque-se como se fosse terra bruta,

sente teu sexo como pétala de flor rara,

como amante fala de amor aos sussurros.

Repousa a solidão em uma poça de felicidade,

espera que a tempestade volte ao silêncio,

coloca teus medos escondidos no passado

e sonha amor, um amor para vida!

12/09/2005

Caio Lucas
Enviado por Caio Lucas em 12/09/2005
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