S E M V O C Ê
Eu não queria falar sobre isso
O tempo cura, mas não fecha a ferida
Chove e ainda faz frio
A incerteza é o prato do amanhã
No jardim já não há mais flores
Espinhos que persistem em ferir
Caminhos que se tornaram paralelos
E talvez só se cruzem no infinito
Águas que passaram, leito seco
Moinhos que não se movem
Os poemas e versos viraram rabiscos
Perderam a essência que é você