CASMURRA SOLIDÃO
Casmurra fuga da solidão que atormenta,
Não sei como dela eu vou desvencilhar,
Vontade sobejada, carpida, e tormenta,
Não há mais vereda em que possa trilhar.
Vivo só, fraqueira-mor do meu dinamismo,
Querendo da vida, equânime participação,
Algozes que me lançaram no ostracismo,
Seqüelas irreparáveis, algias no coração.
Esperança... quiçá o meu abstracionismo,
Mudança de vida, minha maior altercação,
Claudicante, por ser presa do ilusionismo.
Falsos amigos! Guardiães da ingratidão!
Deixaram-me no amargor do pessimismo,
Tragédia final de quem sofreu em profusão.
Riva. 009