LÍQUIDA NA VARANDA
Tenho tentado me congelar
ao deserto, sem fluxos e sem luzes
suicidas de outras fontes
- como eu –
contaminadas;
e tu me apareces
com as unhas pintadas de prata,
cheirando a sonhos e porras
dos outros por ti
idolatrados,
sem sequer tomar
algum cuidado com chão ressecado
e com o cão irado, ao mentires
assim tão docemente
agraciada?
ao deserto, sem fluxos e sem luzes
suicidas de outras fontes
- como eu –
contaminadas;
e tu me apareces
com as unhas pintadas de prata,
cheirando a sonhos e porras
dos outros por ti
idolatrados,
sem sequer tomar
algum cuidado com chão ressecado
e com o cão irado, ao mentires
assim tão docemente
agraciada?
Péricles Alves de Oliveira