Primavera
Chegou ao fim a longa espera
Torna-se palpável a doce quimera
O velho novo início de uma era
O ápice do Déjà vu, a Primavera.
O mundo girou
O tempo passou
O vento levou
A história voltou.
Retornaram aos campos as flores
Em cada detalhe, as belas cores
Nos corações, os grandes amores
Nos desejos, somem os pudores.
Há um perfume novo no ar
Um odor mágico, de viciar
Uma vontade louca de realizar
Uma necessidade ímpar de Amar.
Como se preciso fosse, acordar para sonhar
Descortinar os véus para a realidade interpretar
Deixar fluir o que não dá mais para calar
Viver cada ínfimo instante, até a estação acabar.
Sorver intensamente cada fase da lua
Declamar poemas no meio da rua
Provar cada milímetro da sua pele nua
Ofertar-lhe com um buquê de flores minha alma, toma, é sua!