Da Alegria
Contigo a água que caiu é coisa pura
e não há enxurrada que nos trave,
nem frio que nos gele
nem vento que nos isole do amanhã feliz.
Quero ver-te rir,
quero ter-te nos meus braços,
criar laços,
deixá-los soltos.
Quero ler-te serena e cansada de beijos.
Quero com desejos construir um dique,
uma aldeia, ter uma alcateia para rimar.
Quero, mais fácil, ter-te comigo,
ser teu par e teu amigo,
quero misturar-me a ti e desaparecer,
à gargalhada.
Amor valho tão pouco, quase nada
mas se me queres passo a ser de ouro,
ou talvez de prata.
De lata?