Da Alegria

Contigo a água que caiu é coisa pura

e não há enxurrada que nos trave,

nem frio que nos gele

nem vento que nos isole do amanhã feliz.

Quero ver-te rir,

quero ter-te nos meus braços,

criar laços,

deixá-los soltos.

Quero ler-te serena e cansada de beijos.

Quero com desejos construir um dique,

uma aldeia, ter uma alcateia para rimar.

Quero, mais fácil, ter-te comigo,

ser teu par e teu amigo,

quero misturar-me a ti e desaparecer,

à gargalhada.

Amor valho tão pouco, quase nada

mas se me queres passo a ser de ouro,

ou talvez de prata.

De lata?

Edgardo Xavier
Enviado por Edgardo Xavier em 22/09/2014
Reeditado em 22/09/2014
Código do texto: T4972173
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