Nunca a tive nos braços
Nunca a tive nos braços
não pude ir além da visita
na foto sorrindo á minha frente.
Presos, os cabelos aparecem deliciados com o vento
abanados de carinho extravagante, assumem de imediato
a riqueza em detalhes do mero corpo expressivo
desfilado, fechado, deslizado, na confusa intimidade.
O rosto composto, sereno, esperto, sossegado
atrevido, pela beleza enérgica, aberta, sorridente
onde o corpo, puro, encantado, esmerado, atento aos desejos
corria pelas areias, solto, seduzindo cada passo da natureza
como num conto de “sonhos”, se entregava sem medo
cheia de amor, á procura da inspirada esperança maturada.
Se o sorriso for efêmero não pode se omitir
viaje no tempo, abrace os sonhos, solte os anjos
anime as tentações, desenvolva os pensamentos encantados
alimente cada instante passado, vivido, precioso... Verdadeiro
aspire a vida, proporcione, insista, reviva os mínimos detalhes
verá, á luz da transparência, a existência da chegada do amor
tolerante, auspicioso... Ligado, perante aos seus olhos.