Déjà-vu
Ao encontrar sua porta aberta, adentro o recinto,
E ainda denoto a sua presença no lugar...
Ao receber seu perfume, como se dissesse, “Bem Vindo”,
Como um doce veneno a me embriagar...
~
Sei que ele tenta da realidade me abduzir,
Como se me traze-se para dentro de um sonho...
Onde o seu corpo começo a sentir,
Mas no minuto seguinte, me recomponho...
~
Porque sei que você não está aqui, mas te vejo,
E vejo você em tudo que tocaste!
Sinto-a, até no meu ultimo desejo,
E nas coisas que sem querer perfumaste...
~
Pois deixaste ao seu aroma de flor,
Nos lençóis distorcidos de nossa cama...
E na lembrança do momento de amor,
Onde acendemos nossa ultima chama...
~
Mas que efêmera, logo se apagou!
Mas as imagens, essas não se apagam...
E seus gemidos, que pelo quarto ecoou,
Ao meu ouvido ainda se propagam...
~
Pois meu corpo está marcado,
Por suas unhas, pelo seu batom, por sua alma...
Que esteve encruado no meu pecado,
Sazonando meu desejo, e a dor que não ensalma...
~
Porque o desejo não apaga, e fere,
Como a lâmina que procura a dor...
Ao penetrar nas entranhas da pele,
Sangrando as oito faces do amor...
~
Porque sei que você não está aqui, mas te vejo,
E não sei como quebrar esse tabu...
Porque minha boca ainda sente a umidade de seu beijo,
Mas eu te vi, mesmo que num breve déjà-vu...