Pobre do apaixonado

Pobre do apaixonado (a) 
Caminha sobre vendas nos olhos
Não vê o obvio, não enxerga o transparente
Porque vive alienada a mente
Só tem olhos para o Ser Amado
Vive preso na sua liberdade de refletir
Perde a capacidade de discernir
Está sempre com medo de perder
Então, vive inconsciente a se esconder.
Briga com o mundo e todos
Torna-se submisso, perde a dignidade
E ai daquele que o fala a verdade.
Ou tenta acordá-lo.

Pobre do apaixonado (a) 
Cego, surdo, mudo para a realidade
Ainda que saiba que pode se machucar
Nunca se dá conta que pode ser usado
Não admite estar sendo iludido e enganado.
Facilmente é convencido e ludibriado
Com um beijo, um carinho, um chamego, uma transa
Uma palavra dengosa, uma jura falsa
Uma manha ou, um jogo de cena proposital...
Um simples gesto do Amado ( a)
É suficiente para mante-lo vendado.
Pobre do apaixonado (a).
Ataíde Lemos
Enviado por Ataíde Lemos em 22/05/2007
Reeditado em 24/05/2007
Código do texto: T496823