A mão atrevida pede carinho

Matar a sede, por completo

se arrastar nos desejos

enfeitar as vontades

rolar no meio da noite...

Sonhos, invadem, a mente adormecida.

Eufórica, adocicada, ansiada

entrega o corpo, impudicamente

sem recuo, sente a cabeça, prazerosa.

Mocinha, rica de sabedoria

refém ativa do coração

mora num espaço exclusivo

alegre, reservado á quimera

onde o amor acomodado

se apressa a não deixar

o sonho infiltrado ir embora.

A mão atrevida pede carinho

desliza pelo belo e tentado corpo

vai, num intenso, preguiçoso caminho

espalhando a grandeza penhorada de desejos.

É a chama da tentação acesa

na caça de sonhos insofismáveis...

Inesperados, arrepios se espalham

as vontades se ajustam aos desejos

e o prazer acorda os sentidos do amor...

Vindo como quem nada quer de verdade

inserido de agrados, se estira animado

toma conta do corpo com inteira liberdade

vestida de passado, se transforma inconformada

em reparos e enfeites de uma vida pacífica.

A busca do amor entra em desespero

a pretensão de encontrar um berço

divide a esperança e alma sofrida desaba.

Não me incomoda atuar desordenado

Ser um eterno maciço, tolerante

na procura corrida, incisiva

do tempero esperto do amor.

Na sabedoria, o amor contínuo

se atenta a achar o fiel caminho

onde leve ao encontro da ternura

bonita, afável, cheinha... gostosa.

Cromeu
Enviado por Cromeu em 19/09/2014
Código do texto: T4967797
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