A mão atrevida pede carinho
Matar a sede, por completo
se arrastar nos desejos
enfeitar as vontades
rolar no meio da noite...
Sonhos, invadem, a mente adormecida.
Eufórica, adocicada, ansiada
entrega o corpo, impudicamente
sem recuo, sente a cabeça, prazerosa.
Mocinha, rica de sabedoria
refém ativa do coração
mora num espaço exclusivo
alegre, reservado á quimera
onde o amor acomodado
se apressa a não deixar
o sonho infiltrado ir embora.
A mão atrevida pede carinho
desliza pelo belo e tentado corpo
vai, num intenso, preguiçoso caminho
espalhando a grandeza penhorada de desejos.
É a chama da tentação acesa
na caça de sonhos insofismáveis...
Inesperados, arrepios se espalham
as vontades se ajustam aos desejos
e o prazer acorda os sentidos do amor...
Vindo como quem nada quer de verdade
inserido de agrados, se estira animado
toma conta do corpo com inteira liberdade
vestida de passado, se transforma inconformada
em reparos e enfeites de uma vida pacífica.
A busca do amor entra em desespero
a pretensão de encontrar um berço
divide a esperança e alma sofrida desaba.
Não me incomoda atuar desordenado
Ser um eterno maciço, tolerante
na procura corrida, incisiva
do tempero esperto do amor.
Na sabedoria, o amor contínuo
se atenta a achar o fiel caminho
onde leve ao encontro da ternura
bonita, afável, cheinha... gostosa.