A ninfa dos bosques (poema do não sei o quê)

Vida feita em mim, que por viver não posso amar.

Fruto dos meus delírios de um pobre rapaz.

Dama feito gente, anjo que ilumina meu tristonho luar sem ser.

Alma translucida que se parte em fragmentos sensíveis.

De agora em diante, não sou mais eu apenas um breu, que a terra enterrou.

Serei o broto que sobe nos altos a rimar felícia.

Feliz os sorrisos de amor a me acabar.

Sempre tua voz afasta de mim toda a razão, e durmo pra não mais acordar.

Vida que eleva uma evolução insípida, que do germe meu torna um desgraçado.

Quanto irrompo em teus medos, do meu desejo por não me amar.

Mãos que se quebram feito uma lamina cega, na minha solidão afiada a corta-te.

Mulher que grita no meu amago cativo, que acorrentado chora pedindo o teu perdão.

Dama sensível, que atola meu corpo ínfimo, a sondar minha alma para não acalmar.

Serei sempre um pobre mendigo, a suplicar uma misera atenção tua.

Quero tocar teu corpo, de tão solteira, com a flor de minha plantação.

Brincando de nós dois, menina e menino, desabam no penhasco da decepção.

Bebo teu leite, no lírio, da erva que queima os pulmões.

E me nego, teu, o meu amor, me arrebatar para o inferno da excitação.

O meu amor é triste demais, como a verde cana, queimando assolada nos canaviais inflamados.

Paixão torpe que inserido na minha mente, torna-me um condenado.

Dama que recebe nos dedos a aliança do grande pecado, anjo caído com um olhar danado.

Ó minha deusa, que nasceu na meia noite num encruzilhado.

Caminho no teu deserto de agua não mais...

...Minha mulher de traições um veneno malvado.

Quero um pobre ser, que sou, te matar, e ser matado.

Minha angélica Maria, de desenho perfeito da taça vidrada.

Quero não ó esse corpo, com sangue que aflora o poema amaldiçoado.

Minha não! Afasta-se de mim! Que plebeu homem que sou a morrer, de um gélido medo na castidade imaginada.

Perfeita queima dentro do meu peito, uma frenesi de laço vil cantado.

Como tenho ódio de ser um poeta, e não um enamorado, de teu existir Minh ‘alma flor mistificada.

Jovem donzela, do paradoxo imerso no meu rio de correnteza mentalizado.

Não me amo, por pouco, me acabo, em amores meus, uma bandida tu és em mim, insaciável.

Maria de iluminação espiritual, de um poema que as letras nada fá-lo.

Sou sozinho, mas isso não me impede de amar, tanto um amor feio ou esplendo-rizado.

Quantas vezes já amei, e, por mim mesmo, não faltou nada.

Mulher que faz a solidão pensar em ti, seja um fantasma que a assombra-me nas madrugadas.

Tenho saudade de quando sempre eu era criança, sorridente e triste, mas feliz enganada.

Não sei como se forma o amor das mulheres, talvez seja quando as rosas

Desabrocharem em maio nublado.

Francesco Acácio
Enviado por Francesco Acácio em 19/09/2014
Código do texto: T4967749
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