Maneiras

Quantas maneiras de morrer

a cada dia que passa

são as janelas de ferro que ardem.

A cada grito ouvido

a cada gemido

são as portas de aço que batem.

Quantas maneiras de morrer

minutos e horas eternos

o bafo quente do inferno

a cada porta que se abre.

Em um mundo paralelo

obscena é a vida

regrada, perdida, na indiferença extrema

a cada passo arrastado

pela pressão dolorida das algemas.

A lua chove lágrimas douradas em meu leito

que mesmo desfeito

arrumado esta,

pensamentos que fazem a noite sombria

e me forçam a ver

as maneiras difíceis de viver.

alexandre montalvan
Enviado por alexandre montalvan em 18/09/2014
Reeditado em 20/09/2014
Código do texto: T4966419
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