Procura
Nas madrugadas perambulo pelas ruas,
Sem destino certo, sigo a sua procura.
Tenho como companhias todas as luas,
Eternas cúmplices nessa minha loucura.
Percorro becos sombrios e sinistras vielas,
O vento corre frio, tudo parece assombrado.
Ouço som vindo do interior das velhas capelas
E de um pobre violonista que toca desafinado.
Será que o violonista te viu por aqui passar?
Com passos largos apresso-me em sua direção.
De perto vejo que ele não teria como reparar,
Seus olhos não veem a luz, somente escuridão.
Nas capelas somente os párocos a se recolher,
Nas ruas escuras os gatos cruzam minha frente,
Por solitários caminhos que sigo sem esmorecer,
Nessa busca incessante para te ver novamente.
Luiz Santos
Rio de Janeiro-RJ