Procura

Nas madrugadas perambulo pelas ruas,

Sem destino certo, sigo a sua procura.

Tenho como companhias todas as luas,

Eternas cúmplices nessa minha loucura.

Percorro becos sombrios e sinistras vielas,

O vento corre frio, tudo parece assombrado.

Ouço som vindo do interior das velhas capelas

E de um pobre violonista que toca desafinado.

Será que o violonista te viu por aqui passar?

Com passos largos apresso-me em sua direção.

De perto vejo que ele não teria como reparar,

Seus olhos não veem a luz, somente escuridão.

Nas capelas somente os párocos a se recolher,

Nas ruas escuras os gatos cruzam minha frente,

Por solitários caminhos que sigo sem esmorecer,

Nessa busca incessante para te ver novamente.

Luiz Santos

Rio de Janeiro-RJ

Luiz Santos
Enviado por Luiz Santos em 17/09/2014
Código do texto: T4965327
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