LiterAMOR
Enquanto te falo do amor em linguagem conotativa
Tu vens e denotativa tudo!
Por que não se deleita na cama plácida dos amores?
Tudo tem que ser tão frio e prático?
Em figuras de estilo, meu linguajar te beija,
Deseja, corteja...
Lambe-te a língua com meu linguajar Lácio.
Aflora os aromas das rosas
Personifica em abraços quentes,
Envolventes
Os raios do sol.
Quero guiar-te em abismos
Morrer de desejo, mesmo que nunca te ouse tocar.
Se tu me denotas o âmago poético
Eu perco o ébrio do amor.
Não me firas assim!
Não promulgue meu frágil e insolente coração.
Deixa-me afogar em valsas, em ritmo, em rimas...
Sou teu paradoxo
És minha vida, que se arruína em tão vasto sentir.
Quero sentir profundamente a hipérbole desse amor
Mesmo que a antítese nos separe!
Metáfora de minh’alma,
Faz-me beber a morte em segredo
Não me falta com a verdade, oh anjo esplendor!
Dividas comigo esse funesto ardor.