PAIXÃO
Um andar com os pés no chão
e a cabeça na lua.
Bate acelerado o coração,
enquanto a mão trêmula sua.
Nesse andar descompassado,
muita imaginação e fantasia.
O sorriso escancarado,
no peito uma enorme alegria.
A língua, num bailado sensual,
passeia pelos lábios, num disfarçado vai e vem.
De maneira casual,
busca o prazer que não tem.
Dentro da barriga, borboletas multicores.
No palco do artista, são dois os atores.
No olhar, a sensualidade da ametista,
o sonho de um campo em flor.
Um devaneio colorido...
A poesia do mais puro amor.
Mas, um dia exaurido,
posto que finda a validade.
E, o que era amor, não era.
Antes, na verdade,
o que sentia e quisera,
era apenas uma bela paixão.