Quantas lembranças me invadem
Quantos poucos dias felizes vivemos
Quantas saudades de coisas,
sonhadas e não vividas.
Desejos, promessas...
Promessas que sabíamos,
não seriam cumpridas jamais.
Mas no momento, sonhávamos, era bom.
Por alguns instantes era a nossa realidade.
Tantos dias, tão poucos dias...
Mas foram intensos...
De anseios, de desejos, de vontades...
Uma ansiedade infinita
por alguns momentos juntos.
Mas os poucos momentos
Tornaram-se eternos, inesquecíveis.
Passavam-se os dias, mais nos queríamos,
mais nos desejávamos...
Os poucos minutos juntos eram sagrados.
Bastavam para que o dia transcorresse feliz.
Para ti era a mesma ansiedade...
Eu sentia...
Mesmo distante eu sentia.
Bastava um... Oi Amor! Tudo bem?
Para que tudo realmente ficasse bem.
DE REPENTE...
Como uma bomba tudo voou pelos ares
Veio o destino com suas mãos ásperas,
espinhosas e te arrancou de mim
com toda brutalidade e rispidez...
Nem ao menos perguntou-me
se isso me seria doloroso.
Estilhaçou o que de melhor tínhamos.
Você sumiu...
Como numa triste mágica
Você desapareceu.
Levando contigo meus sonhos, minha alegria
Deixando-me um vazio
Um desconforto
Um sei lá o quê que
deixa esse vácuo na alma
Essa vontade de gritar,
chamar teu nome...
Como num passe de mágica
estender minha mão e
te puxar para mim...
Te fazer voltar
Mas do que isso adiantaria?
Tu já não me ouves.
Nem o vento levaria a ti
o eco da minha voz
Tua nau levou-te para Mares distantes
Agora tu navegas outros Mares.
A distância não é mais quilométricas
E sim de almas ...
Essa é a mais cruel.
Restaram-me tão poucas lembranças de ti.
Fotos, mensagens, músicas...
Isso foi o que sobrou de um lindo sonho.
Mas é o que me afaga e acalenta
minhas angustiantes saudades...