O Amor em Silêncio
Do velho e bom aforismo
Brotou um certo poema,
Não se sabe de suas
Causas ou consequências,
Sabe-se, porém,
Da sua gama lírica,
Multiplicando atos
Ora despidos em devaneios
Quase obtusos,
Ora desnudos em lamentos
Quase oratórios,
Onde na verdade valsa-se,
Valsa-se em luzes, etéreas!
Nos céus
Em quarto minguante,
Quase um pingente solitário,
Flutua o mais belo dos satélites
Inspirando,
Testemunhando
A ilusão,
O sonho, pois
Não só das letras
És o salva guarda!
Em cada olhar uma natividade
Como ondas beijando a praia,
Como lágrimas beijando a face,
Instigada ao verbo
Não conjugado, mas sentido
Em versos insinuantes,
Em avessos insanos,
Em palavras somente decifradas
Pelo amor em silêncio!
13/09/2014
Porto Alegre - RS