Divisas
O que me incendeia e não me faz pestanear?
Aquilo que eu fiz nascer, de intenso a imenso
Quase não me convenço das mentiras, dos enganos
Porquanto o tempo me deixou assim, esperançoso, alvoroçoso
Pois eu quis, desejei, demonstrei e batalhei
Para tomar na cara a vergonha, da desonra e do desrespeito
Tu brincas com estes devaneios? Por que o fazes?
Por que fizestes isso assim nascer, alvorecer e depois por tuas mãos
Matastes de maneira cruel, fria e calculista
Que me veja como um ser humano, igual a tu
Por que será então que abusas demais dos bons sentimentos?
Não precisavas, mas fizestes, criaste divisas
O que agora para mim importa?
Senão calar-me no meu momento, pois esse intento
É meu, por ele sofro, dele me desligarei a seu tempo