Vinho Raro .

Madrugadas frias , como a brisa do mar em tempero das

saudades que trazem todos meus sentimentos que acolhem

meu corpo desnudo , em noites sufocantes de minhas preces .

Acalento minhas verdades , sobrepujas todo meu coração ...

Entre meus sonhos dormem minhas angústias perdido estou !

Entre os tropeços calejo meus desejos que sobrepõem toda

minh'alma , que as flores lagrimejam em penitência de todas

dores que vens aos meus olhos , espantam meus sonhos ...

Vens com dizeres falsos , declama tuas promessas , faze-me

refém de tuas ações brinda-me o meu coração ao gosto amargo

do vinho raro com o sangue corrente por toda minh'alma ferida .

Tormentos que respingam como espinhos negros em sabores

belos , que vigoram meu peito , transbordam meus olhos aos

dias sós saudades de amar sobre o luar das paixões prometidas.

Ednaldo Santos
Enviado por Ednaldo Santos em 13/09/2014
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