A palavra é; Melancolia...
No instante, desço da solidão,
Junto-me aos escribas,
Por está noite parda
De garoa, de brisa leve,
De nuvens que passam,
Como o pranto pelos lábios!
Nada me faz esquecer,
O corpo em gala de amar,
Mensurando cada passo,
Cada gesto,
Cada verso sussurrado
Ao som das gosta da chuva
Pelos passeios, pelos jardins
De outrora do outrem!
Ah, bem perto daqui,
Mora uma alma
Que não é daqui,
Está nas entrelinhas,
No voejo do cortinado,
No beijo escrito e reescrito
E guardado num relicário!
O amor, não se cansa,
Basta compreendê-lo
E senti-lo pelo âmago!
11/09/2014
Porto Alegre - RS