SOB UM CRISTAL DE LUA
Sob um cristal de lua,
a poetisa digere telefonemas de fogo
são palavras de amor provindas do íntimo.
Seus olhos sorrindo de lindo,
abrem crateras no mar perpassado.
De repente,
uma fenda estampada no céu
é fósforo aceso,
e volátil como um singrante cavalo branco.
Uma luz ungida de coração claro
exulta o beber do vinho.
Neste momento:
como uma tarde em volúpia,
a poetisa flutua aladamente
entre os poros da canção.
Um voo com seu amado a Paris,
é tudo que ela quer,
ali é um lugar romântico
e voraz em fulgores.
E além do repouso das margens,
beirais fluentes e supremos,
o Rio Sena é um sol desatado.
Para Shirley com amor.
Edição de imagens:
Shirley Araújo
Texto: Sob um cristal de lua