SOB UM CRISTAL DE LUA





Sob um cristal de lua,
a poetisa digere telefonemas de fogo
são palavras de amor provindas do íntimo.

Seus olhos sorrindo de lindo,
abrem crateras no mar perpassado.

De repente,
uma fenda estampada no céu
é fósforo aceso,
e volátil como um singrante cavalo branco.

Uma luz ungida de coração claro
exulta o beber do vinho.

Neste momento:
como uma tarde em volúpia,
a poetisa flutua aladamente
entre os poros da canção.

Um voo com seu amado a Paris,
é tudo que ela quer,
ali é um lugar romântico
e voraz em fulgores.

E além do repouso das margens,
beirais fluentes e supremos,
o Rio Sena é um sol desatado.






Para Shirley com amor.





Edição de imagens:
Shirley Araújo

Texto: Sob um cristal de lua

ALBERTO ARAÚJO
Enviado por ALBERTO ARAÚJO em 11/09/2014
Reeditado em 11/09/2014
Código do texto: T4957433
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