A Dama de Aço

A Dama de Aço se converteu em vidro

e já vidro, em sua constituição, pó

rompendo as fagulhas do tempo

as fagulhas que abrasam e esculpem

encandecendo a alma...

Ontem, ela em alvas odes,

aquela que Michelangelo talharia em bronze

hoje, os estilhaços sob um céu de mármore...

Na lápide do Amor jaz um nome oculto

onde o coração faz sombra

onde os lábios precipitam ao beijo

que antes de estilhaçada a alma

perdeu-se há horas...

Resta a lembrança de que

promessas não foram cumpridas

justiças não foram consumadas

e não menos feroz

Cronos continua devorando sonhos!

Anna Beatriz Figueiredo
Enviado por Anna Beatriz Figueiredo em 10/09/2014
Código do texto: T4956735
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