Entre os Seios
Quem sabe da imensidão, ou,
Quem sabe da sofreguidão
Vagam estes divagares,
Ora em falsetes,
Ora em absolutos desejos,
Não importa,
Sobre o balcão as velas
Revelam-se em nostalgia,
E a seda lamenta,
Brilhar sob o grande luar!
O perfume das chamas
Inunda o cantar de mistério,
O colar de pérolas
Entrem os seios,
Porque sob o peito
Pulsa um coração em oração,
Em devaneios antológicos,
Um caminho para escrever!
Oh, diz o silêncio,
Perpetuando-se entre os toques
Sutis da noite caminhante,
Do ais ofegante, enfim,
Trate-se de amor,
Um certo estro de gostar!
09/09/2014
Porto Alegre - RS