Um dia de raiva – sensorial direto
Como sentir sua falta, se o próprio vento não sopra a favor?
Como pedir que me ame, se o próprio engano está perdendo o prumo?
Não devo insistir na palmada, pois a luva malvada não serve pra nada.
É preferível dizer que não amo,
pra ver se as coisas voltam ao seu rumo.
Bote na cabeça, antes que eu me esqueça, você tem valor,
Mas com essa conversa de “alguém me falou” pode o prédio cair.
Por isso atenção, pegue em minhas mãos e olhe nos meus olhos,
O meu coração vai falar de amor,
evitando que tudo possa um dia ruir.
Quer que eu lhe abandone, peça então que eu saia pra longe agora.
Não quero que zombes se eu pensar assim, a ida não terá mais volta.
Não deixe que os estranhos invadam sua alma e o seu coração.
Ninguém deve meter o bedelho,
e nem precisamos de nenhuma escolta.
Se eu não precisar mais da sua presença é porque a ausência me fez indeciso,
Sua liberdade pode ser a minha prisão, se a situação ficar pior agora.
Por isso querida, se queres deixar-me eu irei qualquer hora,
Venha pra os meus braços,
devolva os meus beijos e depois pode ir embora.