Habitas-me,
com as tuas bagagens, as miragens,
com o ópio da tua voz,
com esses delírios teus - nossos -
com todos os abismos,
apocalipses, elipses,
com toda febre da tua carne !
Reclinas teu sangue ao meu cálice,
tua virilidade à minha sede,
teus nevoeiros... teu cheiro... teu gosto... teu afago...
Ahhh... teu sal embebido em bagos...
como se apenas essa chama indômita
que voga no epicentro do teu toque
revelasse a seiva prometida que n'alma se esconde
Denuncias-te !
Quero beber do teu submundo,
revirar tua alma, mergulhar bem fundo,
me ancorar na fome do teu regaço !
Ahhh... Habitas-me...
Desarrumas-me !
E eu me recolho macia
à lâmina ardente da tua poesia,
na vertigem maliciosa dos teus lábios !
com as tuas bagagens, as miragens,
com o ópio da tua voz,
com esses delírios teus - nossos -
com todos os abismos,
apocalipses, elipses,
com toda febre da tua carne !
Reclinas teu sangue ao meu cálice,
tua virilidade à minha sede,
teus nevoeiros... teu cheiro... teu gosto... teu afago...
Ahhh... teu sal embebido em bagos...
como se apenas essa chama indômita
que voga no epicentro do teu toque
revelasse a seiva prometida que n'alma se esconde
Denuncias-te !
Quero beber do teu submundo,
revirar tua alma, mergulhar bem fundo,
me ancorar na fome do teu regaço !
Ahhh... Habitas-me...
Desarrumas-me !
E eu me recolho macia
à lâmina ardente da tua poesia,
na vertigem maliciosa dos teus lábios !
Denise Matos