Os ensaios fantasiosos, arrastam, suplicam, remoem
Não desejo apenas seu olhar
invadindo meus pensamentos
como se fosse um estranho consumido
em fase de mundo eivado de sabedoria.
Inspiro as vontades próprias de desejos
sem perder um tempo dos delírios
imposto no prazer do corpo gentio
minado, de sonhos oriundos de pleno amor.
Não posso queimar os sonhos sentido na solidão
nem acariciar o coração abatido, magoado, acanhado.
Preciso me envolver de maneira intensa
cercado de amor pelos lados... me entregar
aberto aos sonhos produtivos, salientes, impudentes.
A luz distante me chama incomodada
se sente ferida, insolente, reflete na alma
os sussurros impostos pelos pensamentos
nos deslizes se perdem como ouro sem brilho.
Os ensaios fantasiosos, arrastam, suplicam, remoem
a cabeça pesada, não assume a perspectiva de sonhos
assiste ao coro dos pensamentos longe e livre de emoção
a fraqueza do sucesso, é insólito, no tempo jóia perdida.
Nas sombras da noite, o refugio insistente
é o colo macio oferecido pela madrugada
onde os freqüentes sonhos vindo do coração
tornam o amor um incenso atrelado à solidão.