Espelho
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Teu rosto, o espelho das madrugadas
desde o início incrustadas
nas folhas soltas do meu caderno
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Teu rosto,
teu verdadeiro rosto,
aventuras sem tempo, sem doçuras,
mas abrindo as pétalas aos sonhos
soltos
dos meus dedos
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...e o fogo condutor
são os teus olhos –
ó meu colar de estrelas
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Da minha colectânea de 2007
"E no fim era a Poesia"
Editora Nova Vega, Lisboa
pp 18 e 19.