VARANDA

Diante da beleza avista-se da varanda
Os passos leves de uma criatura nua.
São divinas as curvas pronunciadas do ser.
Agradável sensibilidade das mãos macias
Acariciando corpos de tamanho prazer.

Lembra-se do amor devotado nos últimos
Instantes do ontem ali pertinho daqui.
Juras? Não! Compromissos descabidos.
É nesse distante amor amante que se dá
Bem pela grande vontade de satisfazer.

Nas paredes, nada escrito, no coração,
O palpite da continuação por não haver
Grude pegajoso nem visitas constantes,
Atarentando o juízo deixando rastro terrível,
Ordenando alguém tomador de fora
Negar ser presente, pois receia perder.

Varanda construída de tantas ilusões,
Tem a certeza não suporta amante
Que, gostosamente é vida intensa,
Junção maliciosa descarta iludida.
O verde embeleza a varanda dupla querer.

Varanda envolvente que há certo tempo,
É sufocada com amores proibidos como
Lanterna clareando ambiente preferencial.
Se a varanda fosse mais frequentada,
O amor em chamas arderia pelo toque
De um belo instrumento musical, paixão antiga.
Gildete Vieira Sá
Enviado por Gildete Vieira Sá em 06/09/2014
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