Quase sempre vagabundo

quase sempre me perguntam

onde arrumas tanto assunto

onde tira tanta coisa para contar

quase sempre respondo

às crianças são minha fonte de inspiração

porque os poetas por vezes são incompreendidos

porque as crianças os compreendem

porque às vezes somos “loucos”

porque às vezes falamos de um mundo

realmente impossível

as crianças não julgam

gostam ou não gostam

lêem ou não lêem

não disfarçam

não andam com o livro debaixo do braço

não decoram frases feitas

quase sempre saem do lugar comum

não enfeitam para agradar

não choram por chorar

se nos seus olhos reflete o mundo

sou como criança/ quase sempre

vagabundo

atanazio mario fernandes Lameira
Enviado por atanazio mario fernandes Lameira em 11/09/2005
Código do texto: T49499