Luz de minha vida

Marilda de Almeida

Havia luz estelar suficiente para fazer-me sonhar, com o brilho dos seus olhos.

Suspirei levemente, com meus sonhos flutuando, tento afastar você dos meus pensamentos, mas sem sucesso.

Finalmente, desisto...

E deixo-me seduzir pelo desejo de tê-lo ao meu lado, meu anjo de luz, minha paz, meu amor alado.

Com o sono chegando, senti teu beijo delicado em minha testa, no meu rosto, enfim em meus lábios.

E ao teu lado, silente experimento o sabor do fruto do amor, da felicidade e da dor.

Nos teus braços sinto o desfalecer, a vertigem do prazer, a nostalgia da magia e do calor do teu abraço, do sangue correndo pelas veias em desalento, provocado pela ânsia dos corpos ao se tocarem.

Oh! Saudade...

Não tires de mim a ilusão, nem os sonhos meus, pois morreria aos poucos, se dele em mim nada restar.

Antes de tudo acabar, deixe selado em mim o teu perfume e o calor dos teus beijos, para quando acordar, saber que não foi um sonho, que estive em teus braços vulnerável e suscetível aos teus desejos.

Ah! Esse sentimento que transcende as minhas vontades, onde minha alma se cala, na angustia e no medo de perdê-lo, luz de minha vida.

Não sejas tu, uma luz que se finda quando a madrugada fria toca nossos corpos.

Meu anjo amado, que em meus sonhos sempre farás morada.

Numa ilusão sem fim.

Marilda.

28/04/2007